Nutrição no Desporto: 5 verdades em cima da mesa

Nutrição no Desporto: 5 verdades em cima da mesa

O impacto da nutrição no desporto é hoje um tema crucial para atletas, treinadores, nutricionistas e técnicos da área da saúde. Se te esfalfas a treinar e falhas constantemente as metas é porque te falta alguma peça importante neste puzzle. Sem a nutrição indicada, nada feito!

As investigações dizem-nos que o que comemos pode ajudar-nos a nadar mais longe, correr mais depressa ou levantar mais peso. A alimentação melhora a tua performance em geral porque:
– Melhora a recuperação;
– Permite-nos treinar mais e com mais intensidade;
– Beneficia o sistema imunitário;
– Atrasa a fadiga;
– Melhora a composição corporal;
– Reduz o risco de lesões;
– Aumenta a concentração e o foco.

O regime alimentar de quem pratica desporto deve ser, contudo, diferente da dieta geralmente recomendada a uma pessoa saudável, por exemplo, porque as necessidades de nutrientes são distintas. Nutrientes como o cálcio promovem a saúde dos ossos e previnem lesões. Os hidratos de carbono e a proteína, consumidos após o exercício, vão fazer com que recuperes mais rápido para voltares a treinar de novo. A própria forma como consomes hidratos de carbono (em que altura do treino e em que quantidades) pode facilitar a resposta do teu corpo a um treino de endurance.

Ou seja, há praticamente aqui uma “engenharia”. Não há acasos nem coincidências na nutrição no desporto. Existem recomendações baseadas na ciência, que comprovam a relação de sucesso entre nutrição e desporto.

Cansado? O que é que comeste?
1. Verdade: A fadiga combate-se pela boca!

Quem pratica exercício, desde o frequentador menos assíduo de ginásio ao atleta olímpico, sabe que a fadiga é uma espécie de Cabo das Tormentas. Quando parecemos estar no bom caminho, surge o cansaço e estraga todos os planos. Adeus recordes, perdas de peso, objetivos ambiciosos de treino.

A fadiga é meio caminho andado para lesões e até mesmo doenças, uma vez que pode indicar um sistema imunitário em baixo de forma. Sucede quando não abastecemos o corpo com energia suficiente. Daí a importância da nutrição no desporto.

O consumo de hidratos de carbono e de proteína tem mostrado reduzir a fadiga em treinos intensos. Existe ainda um estudo com sete atletas de corrida que concluiu o seguinte: aqueles que consumiram mais hidratos de carbono (8,5 g por kg de peso por dia) mostraram um menor declínio da performance durante os treinos intensos comparando com aqueles que fizeram um consumo moderado de hidratos de carbono.

Para que serve o relógio?
2. Verdade: “Quando” pode ser tão importante como “o quê”

Não basta levares um bom snack na mochila se não sabes quando deves consumi-lo. A altura em que ingeres a tua barra ou o teu batido é fundamental na nutrição no desporto. Aliás, ela pode ser decisiva na forma como o corpo reage ao alimento.

No pós-treino, 1 hora de atraso no consumo de determinados nutrientes é suficiente para comprometer a capacidade de reação do corpo contra infeções. Mais, nos 30-60 minutos seguintes, há uma proteína específica (a GLUT 4) que se desloca para a membrana celular do músculo. Esta movimentação propicia uma maior facilidade de absorção da glicose pelo músculo, promovendo assim a produção de glicogénio muscular. Os hidratos de carbono (presentes nas bebidas e barras) ajudam à síntese de glicogénio muscular que, por sua vez, é fundamental na recuperação.

Proteína e não só…
3. Verdade: Nem só de proteína se alimenta o teu músculo!

Claro que não! O consumo de proteína, nas quantidades necessárias e nas alturas certas, é fundamental para estimular a síntese de proteína muscular. No entanto, a nutrição no desporto também indica que precisas de outros nutrientes para manter o tecido muscular saudável. Além disso, necessitas de bom repouso e de um sono de qualidade. Não te esqueças que as células e os tecidos musculares são reparados durante o sono.

Macro e Micronutrientes
4. Verdade: Os micronutrientes também são muito importantes na nutrição no desporto!

Nem só de gordura, hidratos de carbono e proteínas (macronutrientes) vive a nutrição no desporto. Muitos micronutrientes são chamados a intervir no metabolismo energético, ou seja, na produção da energia que te permite continuar a treinar.

Enquanto que uma diminuição destes nutrientes tem pouco efeito num adulto saudável, já num atleta em treino intenso, o impacto é forte. A perda de minerais pode ser acentuada através do suor e é necessário repôr.

  • É o caso do magnésio, cuja deficiência está associada às cãibras musculares decorrentes do exercício;
  • O zinco promove a reparação dos tecidos;
  • O selénio tem uma função antioxidante que combate os radicais livres produzidos durante o exercício.

Quanto às vitaminas:

  • A vitamina B1 interfere no metabolismo dos hidratos de carbono;
  • As vitaminas C e E são antioxidantes;
  • A vitamina D aumenta a absorção do cálcio, sem ela, o cálcio não desempenha bem a sua função osteoarticular.

Distinguir o trigo do joio
5. Verdade: Para saberes se os snacks são saudáveis, tens que ler os rótulos!

Para aplicares as bases da nutrição no desporto não basta que um produto seja prático. A conveniência é importante quando estamos a treinar e precisamos de ter sempre um snack à mão. Mas existem tantos snacks práticos e simultaneamente saudáveis. Nós ajudamos-te a escolher!

Evita:

  • Alimentos processados porque aumentam a inflamação;
  • Alimentos com gorduras trans: não oferecem valor nutricional;
  • Açucarados: açúcar em excesso transforma-se em gordura! Atenção aos açúcares como maltodextrina nos rótulos!

Opta por:

  • Alimentos que prolongam a saciedade: a aveia integral e outros ricos em fibra são excelentes opções;
  • Opções de dissolução instantânea para o pequeno-almoço: podes sempre começar o dia com um “shot” de vitaminas, minerais (potássio, magnésio, zinco, manganês, ferro, vitaminas do complexo B, entre outros) combinados com hidratos de carbono de absorção lenta;
  • Barras: são um clássico! As barras hiperproteicas ajudam na recuperação do teu treino! Opta pelas barras cujas proteínas sejam provenientes exclusivamente de concentrado proteico do leite. O facto de terem também vitaminas e minerais torna-as em barras mais completas a nível nutricional. Ao combinarem proteína com hidratos de carbono, as barras vão favorecer a síntese proteica, bem como a reposição das reservas de glicogénio;
  • Low sugar: o açúcar em excesso estimula a insulina e, com o tempo, pode levar a uma resistência à insulina e até a uma diminuição de produção desta hormona. Diabetes e obesidade estão entre as doenças associadas a este tipo de complicações;
  • Alternativas vegetarianas: para quem ainda está à procura de uma boa alternativa à proteína, é porque ainda não descobriu a proteína de ervilha e de arroz integral. É uma opção amiga do ambiente e uma alternativa top para quem é intolerante à lactose!
  • Opções saudáveis, mas também saborosos e de fácil digestão, e com ingredientes biológicos, são sempre boas escolhas!
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